POLÍTICA
Congresso Nacional toma posse e reelege seus presidentes
   
Senador Rodrigo Pacheco e deputado Arthur Lira venceram candidatos bolsonaristas

Por CNN edição VCS Notícias
01/02/2023 22h11

O Congresso Nacional do Brasil viveu sua super quarta-feira no dia 1º de fevereiro, quando aconteceu a posse dos 513 deputados federais eleitos nas eleições de 2022 e dos 27 Senadores da República que completaram a totalidade de 81 representantes dos Estados e do Distrito Federal.

O deputado federal Arthur Lira (PP-AL) foi reeleito como presidente da Câmara dos Deputados e ficará no comando da Casa pelos próximos dois anos, até 2025.

Lira teve 464 votos, recorde para uma votação na Câmara. O recorde pertencia aos ex-presidentes da Câmara João Paulo Cunha (PT), em 2003, e Ibsen Pinheiro (PMDB), em 1991, ambos com 434 votos. Só que, ao contrário de Lira, eles eram candidatos únicos.

Dos 513 deputados, 509 votaram. Concorriam contra Lira os deputados Chico Alencar (PSOL-RJ) que teve 21 votos e Marcel Van Hattem (Novo-RS) com apenas 19 votos. Além disso, houve 5 votos em branco.

Lira é um dos principais articuladores políticos do Centrão e conseguiu nesta eleição fazer alianças com partidos de posições políticas diferentes, como o PL e o PT. O bloco de apoio ao parlamentar reuniu 496 dos 513 deputados federais.

No discurso, da vitória, Lira disse que "continuaremos devotos da democracia". Também criticou os atos de vandalismo dos bolsonaristas radicais que invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal em 8 de janeiro deste ano.

Já no Senado a disputa foi mais acirrada e o atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), conseguiu vencer o candidato que representava o bolsonarismo.

O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi reeleito presidente do Senado e comandará a Casa pelos próximos dois anos.

Pacheco, que contou com o apoio do PT, venceu a disputa contra Rogério Marinho (PL-RN), que contava com o apoio da bancada ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O placar terminou 49 a 32. Eram necessários 41 votos para assegurar o cargo. A votação ocorreu após a posse dos novos 27 senadores.

Em discurso antes da votação, o presidente reeleito se posicionou novamente a favor da independência entre os Três Poderes.

Quanto a protestos de parlamentes ligados a Bolsonaro, Pacheco afirmou que não fez nenhum ato para classificá-lo como adversário do governo na última gestão.

Segundo Daniela Lima, âncora da CNN, logo após a proclamação do resultado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ligou para Rodrigo Pacheco para parabenizá-lo.

Durante o discurso após a vitória, Pacheco afirmou que é necessário pacificação no Brasil como um todo, incluindo no Congresso.

Assim, pregou união dentro da Casa legislativa, ressaltando que o recado que o Senado dá ao Brasil é da “defesa intransigente da democracia“.

Assim, Pacheco destacou que é preciso erradicar o que chamou de “polarização tóxica”, que os interesses do Brasil estão acima de questões partidárias e que os atos criminosos contra os Três Poderes em 8 de janeiro “não podem e não vão se repetir”.

“Brasileiros precisam voltar a divergir civilizadamente. Precisam reconhecer com absoluta sobriedade, quando derrotados, e respeitar a autoridade das instituições públicas”, observou.


   

  

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